Por que precisamos guardar os Dez Mandamentos?
Todo cristão busca o Senhor como uma fortaleza para os desafios dessa vida mortal. E não há melhor decisão do que essa. Deus sabe de tudo. Ele sabe quais decisões iremos tomar e as consequências das nossas escolhas.
Foi pensando nisso que Ele preparou leis que servem como um guia para que Seus filhos consigam cruzar o caminho dessa vida mortal e voltar à Sua presença.
Os primeiros filhos mortais de Deus na terra, Adão e Eva, receberam mandamentos que deveriam obedecer. Eles tinham que frutificar, multiplicar e encher a terra. Hoje, a humanidade é fruto de sua obediência.
Para guiar Israel, o Senhor falou por meio de Moisés para que Seu povo fosse lembrado de guardar os mandamentos. Apesar de todos os desafios, o povo de Israel chegou na terra prometida.
No Livro de Mórmon, Leí e sua família se esforçavam para guardar os mandamentos. Mesmo com todos os desafios de uma viagem dura pelo deserto e pelo mar, eles eram sempre lembrados da importância de seguir os preceitos do Senhor.
Hoje, Deus ainda enfatiza, por meio de seus profetas vivos e das escrituras, que devemos viver os mandamentos para que possamos exercer a nossa fé em Jesus Cristo e nos arrependermos de nossos erros.
Os mandamentos fazem parte das ferramentas espirituais que nos aproximam do nosso Pai Celestial. Eles nos protegem e nos ajudam a viver uma vida mais feliz.
Como santos dos últimos dias, recebemos diversas leis que precisamos cumprir. Uma parte dessas leis são os Dez Mandamentos.
A origem dos Dez Mandamentos
Após mais ou menos dois meses depois de deixarem o Egito, o povo de Israel chegou ao monte Sinai, que também era conhecido como Herobe. Moisés e os israelitas acamparam naquele lugar por um tempo. Foi então que o profeta subiu no monte e conversou com o Senhor.
Ali, Deus disse a Moisés que desejava que aquele povo se tornasse o Seu povo. Moisés desceu e expressou a vontade do Senhor para os israelitas.
Logo depois, o Senhor falou de cima do monte e declarou o que conhecemos como os Dez Mandamentos.
“Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:
Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
Não terás outros deuses diante de mim.
Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Não te encurvarás a elas nem as servirás, porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam,
E faço misericórdia a milhares, aos que me amam, e aos que guardam os meus mandamentos.
Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
Lembra-te do adia do sábado, para o santificar.
Leis dias trabalharás, e farás toda a tua obra,
Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.
Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.
Honra teu pai e tua mãe, para que os teus dias se prolonguem na terra que o Senhor teu Deus te dá.
Não matarás.
Não adulterarás.
Não furtarás.
Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.” (Êxodo 20:1-17)
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As tábuas de pedra
Mas sua voz foi acompanhada de “trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando” (Êxodo 20:18). A voz do Senhor e aqueles fenômenos assustaram as pessoas que se afastaram do monte.
Por temer a morte e o Senhor, o povo pediu que Moisés falasse com eles e logo ele explicou que “Deus veio por vos à prova” para que O temessem e não pecassem. Depois, Ele pediu que Moisés subisse no monte.
“Sobe a mim ao monte, e fica lá; e dar-te-ei tábuas de pedra, e a lei, e os mandamentos que escrevi, para os ensinar”. (Êxodo 24:12)
Moisés ficou no Monte Sinai por 40 dias e 40 noites. Durante este período o Senhor entregou a ele as tábuas de pedra onde havia escrito os mandamentos. Ainda no monte, o Senhor disse a Moisés o que o povo havia se corrompido.
Ao descer, Moisés os encontrou adorando a um bezerro de ouro. Ficou furioso e quebrou as tábuas com os mandamentos. Depois de um tempo, o Senhor disse a Moisés que lavrasse outras duas pedras para que Ele pudesse escrever os mandamentos novamente (Êxodo 34:4).
Tradução de Joseph Smith
Há uma diferença significante entre a primeira e a segunda tábua de pedra. Em Êxodo 34:1-2, lemos:
“E disse o Senhor a Moisés: Lavra-te duas tábuas de pedra, como as primeiras; e eu escreverei nas tábuas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que tu quebraste. E prepara-te para amanhã, para que subas pela manhã ao monte Sinai, e ali põe-te diante de mim no cume do monte”.
Porém a tradução inspirada de Joseph Smith desta passagem traz algumas informações importantes sobre a diferença entre essas duas tábuas. Veja:
“Então disse o Senhor a Moisés: Lavra para ti duas outras tábuas de pedra, como as primeiras, e eu escreverei também nelas as palavras da lei, tal como estavam escritas primeiramente nas tábuas que tu quebraste; mas não será como nas primeiras, porque tirarei de seu meio o sacerdócio; portanto, a minha santa ordem e as suas ordenanças não irão adiante deles; pois a minha presença não estará em seu meio, para que eu não os destrua.
Mas darei a eles a lei, como nas primeiras, mas será segundo a lei de um mandamento carnal; porque em minha ira jurei que não entrarão em minha presença, em meu descanso, nos dias de sua peregrinação. Portanto, faze como te mandei, e apronta-te pela manhã, para que subas pela manhã ao monte Sinai; e apresenta-te ali diante de mim, no cume do monte.”
A TJS de Êxodo 34 esclarece a diferença é que eles não receberiam o sacerdócio de Melquisedeque e as ordenanças necessárias para entrar na presença de Deus. Apesar disso, eles ainda tinham o direito ao sacerdócio Aarônico e as suas mordomias.
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Jesus Cristo e os Dez Mandamentos
Uma das maiores lições de Jesus Cristo está em guardar dois grandes mandamentos que são:
“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:37-39)
Se observarmos os Dez mandamentos, veremos que podemos dividi-los em dois grupos que se tornam subgrupos dos dois grandes mandamentos ensinados pelo Salvador.
Ao amar a Deus sob todas as coisas encontramos: não adorar a outros Deuses, não fazer imagens de escultura, não falar o nome do Senhor em vão e guardar o dia do Senhor.
E ao amar ao próximo como a ti mesmo encontramos: honrar pai e mãe, não matar, não adulterar, não furtar, não dar falso testemunho e não cobiçar.
Precisamos guardar os Dez Mandamentos hoje?
Os santos dos últimos dias acreditam que os Dez Mandamentos estão em vigor e devem ser observados, tanto quanto outros mandamentos como a lei do dízimo e do jejum. Em outubro de 2011, o Presidente Monson explicou que apesar da evolução e das mudanças do mundo, as leis de Deus são constantes. Ele ensinou:
“Os Dez Mandamentos são o que são: mandamentos. Não são sugestões. São tão obrigatórios hoje quanto o eram quando Deus os deu aos filhos de Israel. Se apenas escutarmos, ouviremos o eco da voz de Deus, falando a nós, aqui e agora”.
Ele também explicou que:
“Nosso código de conduta é definitivo e não negociável. Encontra-se não apenas nos Dez Mandamentos, mas também no Sermão da Montanha, que nos foi dado pelo Salvador, quando andou na Terra. Encontra-se em todos os Seus ensinamentos. Encontra-se nas palavras da revelação moderna”.
Uma exigência para entrar no reino de Deus
Na conferência geral de outubro de 2019, o Presidente Dallin H. Oaks ensinou:
“Deus exige que obedeçamos a Seus mandamentos porque somente por meio dessa obediência, incluindo o arrependimento, podemos voltar a viver em Sua presença e nos tornar perfeitos como Ele”.
Os mandamentos “são uma manifestação de Seu amor por nós e que a obediência a Suas leis é uma expressão de nosso amor por Ele” ( Carole M. Stephens, “Se Me Amais, Guardai os Meus Mandamentos”, A Liahona, novembro de 2015, p. 118).
Os Dez Mandamentos fazem parte dos compromissos que precisamos obedecer nesta vida. Temos o dever de ser obedientes a eles e às revelações que recebemos por meio dos profetas vivos. Apesar de milenares, eles estão em vigor e o Senhor espera que os cumpramos.
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