5 histórias incríveis contadas na Devocional de Natal da Primeira Presidência
O devocional de Natal da Primeira Presidência de 2021 será transmitido neste domingo, 5 de dezembro de 2021 às 18 horas.A transmissão pode ser assistida através do site da Igreja, no canal da Igreja no YouTube e na BYUtv. O Presidente Henry B. Eyring, o Élder Dale G. Renlund e a irmã Michelle D. Craig serão os oradores.
Como o devocional deste ano é em apenas alguns dias e logo teremos a comemoração do Dia do Natal, releia algumas de nossas histórias favoritas compartilhadas ao longo dos anos nos Devocionais de Natal.
2020 – Élder Brent H. Nielson – Setenta Autoridade Geral
Em uma outra época, em um lugar muito longe daqui, meu pai, Norman Nielson, era um rapaz lutando no Pacífico pelo segundo de quatro anos durante a Segunda Guerra Mundial.
Aqui está ele, em frente à sua barraca, vivendo nas selvas de Papua Nova Guiné. Ele era especialista em ataques antiaéreos. No dia de Natal de 1943, ele escreveu esta carta para sua mãe viúva:
“Como pode notar pela data, hoje é Natal. Levantei-me às 7 horas da manhã, tomei o desjejum e trabalhei até as 3 horas da tarde; então, desci ao riacho para lavar minhas roupas e tomar banho. Para o jantar desta noite tivemos uma porção muito pequena de peru, algumas batatas-doces, milho, molho e torta de passas. Gostaria muito de estar em casa com toda a família, sentado à mesa e comendo novamente todas as coisas que costumávamos comer quando estávamos juntos há alguns anos. Estamos desapontados porque nossos presentes não chegaram antes do Natal. Muitos de nós não ganharam nada no Natal. Lembro-me de ouvi-la dizer muitas vezes: ‘Nunca sentimos falta da água até que o poço fique seco’”.
No ano passado, minha esposa, Marcia, e minha irmã, Susan, escreveram a história dos quatro anos em que meu pai serviu durante a Segunda Guerra Mundial.
Elas compilaram todas as cartas que ele escreveu para sua mãe. Confesso que, quando li esta triste carta de Natal, não pude acreditar.
Talvez pareça trivial para vocês, mas por ele ser meu pai, alguém que amo, eu queria de alguma maneira mudar o que aconteceu naquele dia de Natal. Em meu coração perguntei: “Quanto sofrimento este jovem de Idaho pode suportar?”
Ele perdeu seu pai, que teve um ataque cardíaco quando ele tinha apenas 12 anos de idade. Ele foi criado somente pela mãe, foi convocado para o exército e, naquele momento, estava na selva em meio a uma batalha terrível.
Não poderia pelo menos ganhar um presente de Natal? Ao ponderar sobre essa situação, senti o Espírito falar comigo: “Brent, você conhece o final dessa história. Seu pai recebeu o presente mais importante e viveu uma vida cheia de fé, sendo o Natal sua época preferida do ano.”
À medida que continuei lendo a história de meu pai, cheguei a uma de suas últimas cartas para sua mãe, em fevereiro de 1945.
Durante aqueles quatro anos sob a liderança do General Douglas MacArthur, ele lutou em Darwin, Austrália, em Papua Nova Guiné, no Golfo de Leyte nas Filipinas e, por fim, em Manila, onde terminou seu serviço militar e voltou para casa.
Na maior parte do tempo em que serviu durante a guerra, não havia reuniões de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mas quando chegou às Filipinas, no final de seu serviço, ele conseguiu ir a uma reunião da Igreja.
Depois de assistir à reunião, ele escreveu esta interessante carta para a mãe: “Fui à Igreja ontem, mas não prestei muita atenção ao discurso.
Mãe, muitas coisas que eram tão importantes agora parecem triviais para mim; não me refiro a minha crença em Deus, que continua forte como sempre, mas penso em Deus como uma pessoa amorosa e compreensiva e não como alguém [que] está sempre a seu lado para puni-lo quando você comete erros.”
O que aprendi com o Espírito foi que, naquela época extremamente difícil, participando de uma guerra terrível na qual muitos soldados, enfermeiras, marinheiros, aviadores e civis inocentes de ambos os lados perderam a vida, meu pai encontrou o presente — o verdadeiro espírito do Natal.
Ele aprendeu que tinha um Pai Celestial amoroso que o compreendia e zelava por ele. A lição de vida mais importante que ele aprendeu foi:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Naquelas situações extremas, sendo testado até o limite que podia suportar, meu pai encontrou um Pai Celestial amoroso e bondoso.
Esse conhecimento trouxe-lhe paz, alegria e felicidade em um mundo repleto de confusão, dor e sofrimento. Ao deixar a guerra para trás, meu pai trouxe para casa um presente com ele.
Não sei se eu teria sobrevivido às dificuldades que ele enfrentou durante aqueles três natais longe de casa, mas sei que a lição que ele aprendeu e que eu aprendi é que o verdadeiro presente de Natal, ofertado por nosso Pai Celestial, é o Salvador Jesus Cristo.
Neste Natal, dadas as condições do mundo, alguns de nós se encontram distantes da família ou isolados dela, mesmo vivendo perto.
Talvez neste ano alguns de nós sintam o que meu pai sentiu no Natal de 1943. Podemos até nos perguntar por que não recebemos presentes ou visitas.
Mas se olharmos à nossa volta com otimismo e olharmos para Deus e vivermos, descobriremos que Jesus Cristo é o maior presente. Abrir esse presente é a chave para uma vida maravilhosa e cheia de paz.
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2019 – Élder Dallin H. Oaks – Segundo Conselheiro na Presidência Geral
Uma de minhas histórias de Natal favoritas foi publicada no periódico Deseret News cerca de 30 anos atrás.
É a história de uma garotinha de 11 anos, do que ela aprendeu em meio à angústia por não ter recebido um presente que desejava e da paz que sentiu ao aprender o significado do que celebramos por meio de presentes na época de Natal. Compartilho essa história especialmente com as crianças e os jovens que estão entre nós.
Uma garotinha de 11 anos de idade estava muito triste por não ter recebido de presente a nova boneca que esperava há muito tempo.
Tentando consolá-la, sua mãe lhe disse: “Você já está bem crescida para essas coisas”. “Será que estou grande demais para o Natal?”, pensou sua filha. Seu pai explicou:
“Minha garotinha, há muito sofrimento e muitas alegrias nesse processo de crescimento. Não, filha, você não está grande demais para o Natal. Algo muito mais importante está acontecendo com você. Você está crescendo e já pode perceber o que não podia quando criança: que muitas coisas são mais profundas e significativas. (…) Você ouviu dizer que damos presentes no Natal porque os pastores e os sábios trouxeram presentes para o Menino Jesus, mas deixe-me falar sobre o verdadeiro primeiro presente de Natal”.
Seu pai então prestou testemunho do grande amor que nosso Pai Celestial tinha por Seu Filho mais velho, “que fora leal a Ele em meio a muitas dificuldades e rebeliões e que até o ajudara a criar o mundo em que vivemos”. Ele disse a ela como nosso Pai Celestial havia nos dado esse Filho, o Senhor Jesus Cristo, para ser nosso Salvador.
Ele leu no Livro de Mórmon como esse Filho “descerá dos céus no meio dos filhos dos homens e habitará num tabernáculo de barro. (…) E eis que sofrerá tentações e dores corporais, fome, sede e cansaço maiores do que o homem pode suportar sem morrer; eis que sairá sangue de cada um de seus poros, tão grande será a sua angústia pelas iniquidades e abominações de seu povo. E ele chamar-se-á Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Pai dos céus e da Terra” (Mosias 3:5, 7–8).
Ao fechar o livro, ele explicou:
“Embora nosso Pai Celestial soubesse que essas coisas estavam reservadas para Seu Filho amado, Ele, em Seu infinito amor e sabedoria, O entregou ao mundo. E a segunda parte desse presente maravilhoso é que Cristo, o Filho, sabendo também de tudo isso, entregou-se de bom grado para que tivéssemos vida eterna”.
Anos depois, a mulher na qual aquela garotinha havia se transformado escreveu estas palavras:
“Aquela foi a primeira noite de Natal da qual me lembro que não dormi com minha boneca de Natal sobre o travesseiro. Eu tinha algo melhor. Em meu coração havia uma paz nova e vibrante. Eu tinha encontrado um presente que não se desgasta com o tempo e que não se pode perder, um presente para o qual eu nunca estaria grande demais, um presente no qual, com a ajuda de Deus, eu deveria me transformar. (…) Orei para que um dia eu tivesse filhos e pudesse conhecer a outra parte do Dom do Amor”.
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2018 – Sharon Eubank – Primeira conselheira na presidência geral da Sociedade de Socorro
Quero contar duas histórias pessoais que ficaram na minha lembrança por muitos anos, e que, até hoje, ainda me ensinam algumas lições que preciso aprender.
A primeira aconteceu quando eu tinha 6 anos de idade. A líder de música da Ala Hunter 5 era a irmã Beverly Whitley. Acredito que ela tinha por volta de 40 anos, mas os filhos dela eram adolescentes e ela parecia muito madura e sábia para nós que éramos da Primária. Ela era divertida e nos tratava como miniadultos, e nós gostávamos disso.
Nós a admirávamos e queríamos agradá-la. Ela falava para cantarmos bem alto para que nossos pais pudessem nos ouvir na outra sala.
Não precisaríamos gritar — era para cantar de verdade! E nós cantávamos com toda a força de nosso coração. Ela nos ensinou um hino do hinário dos adultos, dizendo que éramos cantores maduros o suficiente para decorar as palavras difíceis. Então ela explicou o significado de cada palavra para que pudéssemos entender.
Ensinou-nos que todos os hinos têm uma mensagem especial para cada um de nós e, se pensássemos nas palavras, descobriríamos a mensagem que era específica para nossa vida.
Naquele Natal, procurei colocar em prática o que a irmã Whitley havia nos ensinado e aprendi todas as estrofes do hino “Noite feliz”.
De antemão, peço desculpas aos tradutores, pois isso será um pouco complicado para eles. Quando tinha 6 anos de idade, refletia muito sobre as palavras de uma das estrofes, mas não entendia a pontuação.
Em nosso hino em inglês, em vez de entender que Jesus era a pura luz do amor, significando que Jesus é uma expressão de luz que advém do puro amor, eu entendia que Jesus amava a pura luz, ou seja, que Jesus amava qualquer coisa feita de luz.
Pensando como a irmã Whitley, procurei descobrir como eu poderia amar a pura luz, da mesma forma que Jesus ama.
A segunda história aconteceu quando eu tinha 9 anos. Como muitas crianças, eu estudava piano. Eu não era exatamente talentosa e, talvez, para me incentivar, meu bispo perguntou se eu poderia tocar um hino na reunião sacramental, na véspera do Natal.
Decidi tocar “Noite feliz”. Minha professora de piano ajudou a me preparar. Meus pais me ouviram tocar esse hino literalmente cem vezes em nosso piano preto que ficava no porão.
Alguém mencionou que talvez eu pudesse decorar o hino e assim não precisaria usar a partitura, mas fiquei tão nervosa em ter que tocar na frente de todos da ala que não conseguia decorar a música. Mas então resolvi elaborar um plano.
Eu levei a partitura comigo e, em vez de colocá-la no suporte do piano, eu a coloquei no meu colo. Assim, eu poderia olhar para minhas mãos e ver a partitura embaixo, mas ia parecer que eu tinha decorado a música. Esse plano funcionou lindamente por 20 segundos.
Eu coloquei a partitura em cima da minha saia de tafetá de Natal e comecei a tocar. Como o tecido da saia estava muito escorregadio, no meio da primeira estrofe, a partitura escorregou da minha saia e desapareceu completamente debaixo do piano.
Fiquei completamente sem saída. Não tinha como pegar a partitura e me deu um branco. Decidi encarar e ir em frente e fiz o melhor que pude. Foi um completo desastre.
Toquei algumas notas erradas e vi que as pessoas estavam ficando constrangidas na congregação. Cometi erros durante a segunda estrofe. Sabiamente omiti a terceira estrofe e passei pelo corredor da capela apressada, com o rosto vermelho, tentando não chorar.
Meus pais perguntaram baixinho: “O que aconteceu? Você sabia tocar tão bem esse hino”. Não via a hora de ir embora da Igreja. Eu não queria ver nem falar com ninguém. Me senti humilhada e envergonhada.
Quando a reunião terminou, minha antiga professora da Escola Dominical, a irmã Alma Heaton, aproximou-se de mim. Tentei evitá-la, mas ela pegou minha mão. Em vez de me dizer que foi bom, o que todos sabiam que era mentira, ela disse algo do qual vou me lembrar pelo resto da vida. Ela disse:
“Sharon, não importa como você se saiu. Todos viram o quanto você se esforçou e nós te amamos, não importa se você consegue tocar piano ou não.”
Foi uma verdade dita com honestidade. Mas ela não doeu tanto quanto eu esperava. A verdade é que eu tinha trabalhado duro e eles me amavam, mesmo que eu não conseguisse tocar piano. Eu sorri um pouquinho, ela me deu um abraço gostoso e, de repente, tudo estava bem.
Beverly Whitley e Alma Heaton não fizeram nada de extraordinário. Elas nem escreveram no diário o que aconteceu. Ninguém da família delas conhece essas histórias. Elas só estavam ensinando criancinhas a cantar e a compreender o evangelho.
O que poderia ser mais simples? Na verdade, não era. Se me perguntarem qual é a aparência de uma pessoa que “ama a luz”, direi que essa pessoa se parece com Beverly Whitley, que se parece com Alma Heaton.
Elas conseguiam reconhecer a pura luz de uma criança se esforçando ao máximo e a amavam por isso, mesmo quando as coisas não saíam de modo perfeito.
Nosso Pai Celestial é exatamente igual. Ele vê o esforço de Seus filhinhos. Nem sempre temos sucesso em nossos esforços, mas Ele sabe o quanto estamos tentando — às vezes, encarando um desafio e enfrentando um desastre — e Ele nos ama por isso.
Por causa de nossa música irreconhecível, dissonante e desafinada, Ele enviou Seu lindo Filho Unigênito, que é a pura luz do amor.
Jesus Cristo consertará cada nota errada e redimirá toda a nossa desarmonia se nos voltarmos a Ele e se pedirmos Sua ajuda. Por causa do nascimento, da Expiação e da Ressurreição de Jesus Cristo, todos podemos “[dormir] em paz”.
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2017 – Élder Dieter F. Uchtdorf do Quórum dos Doze Apóstolos
Em minha infância, meus desejos de Natal sempre incluíam uma paisagem de inverno perfeita, e sei que não sou o único.
Para mim, isso significava um ar congelante, o céu azul e muita neve branca e fresca. Em vez disso, o clima quase sempre era diferente do inverno dos meus sonhos, geralmente com o céu cinza e nublado, neve derretida ou até mesmo chuva.
No entanto, na véspera de Natal, minha mãe nos vestia com roupas quentes e nosso pai andava conosco pelas ruas da cidade.
Nós, crianças, sabíamos o verdadeiro motivo daquela caminhada anual — minha mãe precisava de tempo para decorar a árvore de Natal, colocar os presentes embaixo da árvore e preparar a sala para a noite santa. Tentávamos de tudo para tornar a caminhada o mais curta possível.
Mas nosso pai era extremamente criativo e acrescentava outra volta ou virava em mais esquinas para dar o tempo necessário à minha mãe.
Naquela época, as ruas de Zwickau, na Alemanha, eram bastante escuras à noite. Isso foi logo após a Segunda Guerra Mundial e as luzes nas ruas eram escassas.
Apenas poucas lojas ficavam abertas e algumas ficavam ao lado de casas destruídas por bombas e que ainda tinham o estranho cheiro da guerra.
Havia uma parte da caminhada que todos nós gostávamos muito: uma parada na catedral no centro de Zwickau, onde ouvíamos o belo coro de Natal e a majestosa música do órgão que parecia estar sempre tocando na véspera de Natal.
De certo modo, a música fazia as humildes luzes de nossa cidade de repente parecerem muito mais brilhantes — quase como estrelas — e enchia nosso jovem coração com uma maravilhosa expectativa.
Quando retornávamos, minha mãe já havia terminado os preparativos e nós entrávamos na sala em fila, um por um, para contemplar a maravilhosa árvore de Natal recém-decorada. Era difícil conseguir uma árvore naquela época e nós pegávamos a que estivesse disponível.
Às vezes, tínhamos de acrescentar alguns galhos para que ela parecesse com uma árvore de verdade. Mas para os meus olhos de criança, a árvore de Natal era sempre perfeitamente gloriosa.
As luzes das velas cintilando traziam um brilho misterioso, quase encantador à sala. Olhávamos com entusiasmo e encanto para os presentes embaixo da árvore e esperávamos que nossos desejos secretos fossem atendidos.
O entusiasmo de se receber presentes quase se comparava à emoção de ofertá-los. Geralmente esses presentes eram feitos à mão.
Certo ano, quando eu era bem pequeno, meu presente para meu irmão foi um retrato dele feito por mim. Fiquei muito orgulhoso de minha obra-prima. Ele foi muito bondoso e gentil em suas palavras de gratidão e em seus elogios.
Sempre vou guardar com carinho essas doces recordações da minha infância na Alemanha Oriental.
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2016 – Presidente Henry B. Eyring, Primeiro Conselheiro da Primeira Presidência
Quando nossos filhos eram pequenos, criamos uma apresentação teatral familiar de Natal cujo texto foi todo tirado das escrituras. Nós encenamos a apresentação na véspera de Natal. Muitos de vocês têm feito algo semelhante.
As primeiras apresentações de nossa peça continham um número limitado de atores, todos encenando partes das escrituras. Eu era José, minha esposa era Maria, e um boneco era o menino Jesus.
O elenco cresceu com o tempo. Nós acrescentamos um pequeno ator que representava o bebê Jesus, depois vieram os pastores, vestidos com roupões, para adorar na manjedoura, e depois pudemos acrescentar os magos com caixas ornamentadas para honrar o Rei recém-nascido.
Depois de alguns anos, abrimos a peça com uma criança que representava Samuel, o lamanita, em pé, para testificar com vigor profético o futuro nascimento do Messias prometido.
Mais tarde, acrescentamos uma multidão descrente armada com bolas de papel alumínio para atirar em Samuel enquanto ele ficava em pé na frente deles.
Ano após ano, uma vez que a multidão enfurecida ficava mais forte e afiada, tínhamos de fazê-los lembrar que Samuel não podia ser atingido porque era um servo protegido de Deus — e porque estávamos convidando e celebrando a paz!
Precisávamos de papéis para as crianças menores e então acrescentamos ovelhas e cordeirinhos atrás dos pastores na manjedoura.
Mas, então, o tempo passou, como sempre acontece. Os atores cresceram, e agora voltamos ao início. Tenho assistido àqueles Josés, Marias, pastores, ovelhas, cordeiros e reis seguirem adiante para ensinar seus próprios entes queridos sobre o Salvador e sobre a paz que o Seu nascimento torna possível.
Eles foram abençoados por aprender, nos papéis que representaram em nossas peças, algo a respeito do Salvador e o porquê de O amarmos. Sou grato por nossos filhos e os filhos deles terem nos visto reverenciar o menino Jesus, que nasceu para ser o sacrifício infinito, a dádiva inestimável de paz do Pai Celestial a todos os Seus filhos.
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Fonte: LDS Living
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