Estudo da BYU revela como o arrependimento fortalece as famílias
Justin Hendricks, estudante da Brigham Young University, fez uma proposta de pesquisa diferente e única, algo totalmente novo e que, na opinião de seus professores, seria muito difícil de ser aceito e publicado em uma revista acadêmica. Seu tema era o arrependimento, algo intangível e difícil de se apresentar dados qualitativos.
Hoje, Hendricks é o primeiro autor do artigo de “Personal and Relational Processes of Repentance in Religious Jewish, Christian and Muslim Families”, publicado na edição de novembro de 2023 da revista Review of Religious Research.
De acordo com o Church News, o professor David Dollahite, coautor do artigo, atribuiu o sucesso do projeto à fé e ao trabalho árduo de Hendricks. Ele destacou a escassez de pesquisas sobre processos religiosos, observando que, quando estudados, geralmente é sob uma perspectiva secular.
Contudo, nas últimas décadas, houve um aumento nas pesquisas relacionadas à religião, abordando temas como gratidão, bondade, paciência e esperança.
O arrependimento, no entanto, raramente foi abordado, talvez devido a conotações negativas ou por ser visto como um processo que envolve somente Deus e o indivíduo.
No entanto, Dollahite enfatizou que o arrependimento pode ser um processo onde as pessoas se desculpam e mudam seu comportamento em suas interações com outras pessoas.
O perdão e a mudança
Em seu estudo, Hendricks analisou 127 famílias cristãs, judaicas e muçulmanas, explorando suas motivações, processos e resultados do arrependimento. Entre as motivações, mais da metade citou suas crenças religiosas como impulsionadoras para buscar perdão e mudar comportamentos individuais.
Além disso, práticas religiosas, como oração e estudo de escrituras, foram mencionadas como ações que levam ao arrependimento.
Os processos de arrependimento incluíam estratégias específicas, como busca de perdão divino e rituais recorrentes. Recursos para auxiliar o arrependimento incluíam fé, crença e um relacionamento com Deus, além de práticas religiosas e rituais.
Quanto aos resultados, algumas famílias mencionaram um desenvolvimento na conexão com Deus, enquanto outras apontaram melhorias nas relações familiares, como evitar conflitos e resolver problemas conjugais.
O estudo também identificou famílias que destacaram aspectos potencialmente prejudiciais do arrependimento, como a culpa que pode afastar as pessoas de suas comunidades religiosas.
Hendricks, agora estudante de doutorado na Universidade Estadual da Pensilvânia, destacou a importância da paciência e humildade nas relações familiares. Ele observou a diversidade nos ritmos de mudança das pessoas. E rambém concluiu que os resultados corroboram a declaração “A Proclamação da Família”, reforçando que o arrependimento e o perdão são benéficos para os relacionamentos familiares.
Fonte: Church News
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